A crise internacional e, sobretudo, a registada no sector da construção e imobiliária, não ficaram alheias à IV Edição da Feira Internacional de Construção e Habitação de Cabo Verde (FICH,) que arrancou ontem, 7, ao fim do dia, na Cidade da Praia. Um total de 41 expositores, um número mais reduzido que na edição anterior, esperam fazer contactos e negócios para tentar driblar a crise.
Luís Cardoso, presidente da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), entidade que organiza as feiras empresariais no país, não escondeu os reflexos e o impacto que a crise teve na edição deste ano.
“ Estamos perante uma conjuntura pouco favorável, sobretudo no sector da construção e habitação, tanto nacional como internacional, que registaram uma intensa recaída”, afirmou.
Por isso, apela ao “renovar de esforços para contornar a situação e ultrapassar a conjuntura”. O presidente da FIC reconheceu que esta edição passou de “pouco provável “ a “bem sucedida” e realçou o facto de apesar de tudo, existirem “ mais de 40 interessados no mesmo sector, para enfrentarem os mesmos desafios”. Por isso, acredita que esta coragem irá trazer “certamente vantagens”.
Já o Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga que presidiu também ao acto de abertura desta feira que se prolonga até Domingo,9, fez questão de realçar que o projecto Casa Para Todos é o cordão umbilical desta feira.
“Este programa é a tradução prática da visão que o Governo tem para a vida das famílias cabo-verdianas, no que concerne ao direito à habitação, à dignidade habitacional e à integração social”.
Se em edições anteriores a FICH visão mais sobre a sensibilização para a construção sustentável e os matérias inovadores e amigos do ambiente, este ano o certame pretende abordar toda a cadeia de produção do sector da construção, com jornadas técnicas, workshops e palestras, que visam desde o pedreiro, carpinteiro, ao mestre de obras ou ao mediador imobiliário.
Os 41 stands dispostos na FIC pertencem a empresas portuguesas, brasileiras, cabo-verdianas e espanholas. Pela primeira vez a feira acolhe a República Checa que está interessada em investir em construções de habitações modelares (estilo pré-fabricados) para diferentes gamas.
De Portugal veio a empresa Vidalmaquinas, LDA, pela primeira vez, apesar de terem clientes no arquipélago há vários anos. Segundo Pedro Marinheiro, um dos representantes da empresa, o objectivo é “fazer contactos e tentar novos mercados” dado a crise que se vive em Portugal. GC
Jornal "A Nação"